quarta-feira, 21 de abril de 2010

Você quer um substituto?



Assisti ao filme Substitutos, divaguei em pensamentos vãos. Eis que vi uma síntese extrema do rumo que vem tomando nosso desejo enlouquecido de viver sem sofrimento e nosso medo da violência implacável que nos cerca.

A idéia de se adotar substitutos robôs e nos mantermos “protegidos”, bem como de escolhermos nossa replicar em idade, modelo enfim padrão de beleza, de nos relacionarmos por meios de chips me deixou impactada, e ao mesmo tempo parecia que no mundo simbólico aquele era o desejo social. Ficarmos imunes à vida.

Poxa, mataríamos o humano de nós, pagaríamos com nossa própria existência pelo suposto conforto e segurança. O que significaria saborear um doce de leite via ondas magnéticas enviadas à mente por meio do robô? E um beijo na boca, aquele arrepio da pele quando estamos apaixonados, e a adrenalina de uma prova, e as lágrimas do fim de um amor... Será que é viver, se proteger da própria vida!

Será que nos mantermos topados de bebidas, calmantes, drogas, novelas, BBB, de padrões escravizantes de beleza, de consumir a qualquer custo, a quantas parcelas forem, para satisfazer aos padrões e/ou a satisfação imediata de nossos desejos, pode significar uma vida distante da nossa essência de humanidade e estarmos vivendo numa pele que não é a nossa?

quinta-feira, 8 de abril de 2010



"Silêncio. Eternidade. Infinito. Segredo.
Onde, as almas irmãs? Onde, Deus? Que degredo!
Ninguém.... O ermo atrás do ermo: - é a paisagem daqui."
Cecília Meireles